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Busco alcançar meus objetivos da melhor maneira possível. Sou Radialista no setor de locução graduado em produção audiovisual (rádio e tv).Buscando sempre inovação para me adequar aos novos tempos.

quinta-feira, fevereiro 23

Risco x potência: o que o Brasil quer ser?

A primeira década do século XXI já demonstrou que o Brasil tem um longo e forte caminho pela frente. A potência Brasil já conseguiu sair dos patamares problemáticos do Terceiro Mundo e hoje luta para o desenvolvimento econômico do Segundo Mundo ao lado de parceiros como Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), além de ampliar suas relações com os Estados Unidos e com a América Latina.
Mas é preocupante que muitos avanços desenvolvidos pelo país podem perder eficácia, em função do não comprometimento com agendas claras de desenvolvimento e crescimento, e digo isso no sentindo amplo, pois governo e sociedade são culpados, nos seguintes exemplos:
– Agenda de educação: investimentos reais em qualidade superior. Não adianta formar quantidade, se vivemos hoje um grande apagão de talentos. Faltam foco, visão e engajamento dos estudantes para o compromisso da nação, do crescer e desenvolver. Vivemos em um país de falas, e de poucas ações reais;
– Agenda de saneamento e saúde: o que adianta construir hospitais, se 60% do país ainda vivem no esgoto. É mais do que real e claro que 90% das doenças que mais afligem as populações acontecem em função de problemas de saneamento, ou melhor, da falta dele;
– Agenda tecnológica: até quando iremos comprar tecnologia podre? Quando os estados e municípios perceberão que o polo tecnológico não é uma marca e sim um grande fomento de negócios e desenvolvimento da inovação no país?;
– Agenda tributária: por que pagar tantos impostos, sem retorno efetivo na sociedade? Mantemos um governo ou mantemos uma sociedade? O que é justo e inteligente para o desenvolvimento social através dos tributos? Tributos devem ser pagos, pois eles são instrumentos para o desenvolvimento da nação;
– Agenda de defesa e segurança: o Brasil é um país continental. Do ponto de vista geopolítico, é uma potência regional, e tem responsabilidades importantes para a defesa e segurança de toda uma região. Nossos condicionantes de política externa têm um peso importante no sistema internacional. Assim, imaginar que defesa é algo ainda dos resquícios da ditadura é pensar de forma muito piegas. Investimento militar deve ser uma prioridade dos governos, no sentido constitucional, como também no sentido de proteção de nossas riquezas como a Amazônia Verde, a Amazônia Azul, a água, o pré-sal, nossos portos e nossas fronteiras, pois defesa resolvida significa menores problemas de segurança pública;
– Agenda de conhecimento: penso que os alunos de Harvard são fortes, por terem uma agenda real de conhecimento, ou são comprometidos com a educação? Resposta, os dois. E no Brasil, nem um nem outro. Muitas vezes percebemos que instituições e alunos se merecem, umas para somente receberem, e os outros para pagarem, e no final todos ficarão na mesma, ou melhor, não serão nada. Ou nos comprometemos e percebemos que a educação e o conhecimento salvam e desenvolvem, ou escolhemos uma característica – sofrer!
– Agenda internacional: o Brasil já uma potência, mas o problema não é ser, e sim manter e conquistar novas posições, e, considerando as agendas e comparativos com as outras potências, ainda estamos longe de ser algo, ou uma força internacional. É engraçado que potências hoje quebradas se voltem para o Brasil de forma arrogante para buscar investimentos e empregos para seus expatriados, e o Brasil acha que é a solução do mundo. Por que eles quebraram? Pois não tiveram hombridade para entender que o mundo mudou. E por que nós, brasileiros, precisamos aceitar isso, se temos condições de fazer?
O Brasil já é uma potência, mas o problema são os riscos estruturais que nossas agendas passam para o desenvolvimento real da nação Brasil.

Fonte: Diário da Russia

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