Ministro da Saúde visita São Paulo nesta
quarta-feira (Foto: Letícia Macedo/G1)
quarta-feira (Foto: Letícia Macedo/G1)
Por volta das 10h, o ministro esteve no Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) da Sé e em duas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no Centro. Ele anunciou ainda que 16 equipes de saúde que atuam em São Paulo passarão a receber subsídios do governo federal para se tornar “consultórios de rua”, projeto que busca oferecer cuidados de saúde ao usuário de drogas na própria via pública. “Temos um casamento dos modelos [da Prefeitura e do sugerido pelo governo federal]”, afirmou o ministro.
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A operação da PM na região da Cracolândia teve início em 3 de janeiro. Balanço divulgado pela corporação informa que até as 11h desta quarta já haviam sido realizadas 6.242 abordagens na região. No total, foram 157 pessoas detidas, sendo que 43 eram procuradas pela Justiça. No total, foram quase 62 kg de drogas apreendidos, sendo 15,1 kg de cocaína; 43,3 kg de maconha e 3,3 kg de crack.
Padilha anunciou ainda a criação de dez residências terapêuticas em São Paulo até março deste ano. As estruturas são consideradas a última etapa do tratamento de dependentes químicos. Nelas, os usuários em recuperação partem para a reinserção social. Eles ficam abrigados para se restabelecer, podendo iniciar a procura por emprego, por exemplo.
O ministro afirmou que o governo federal apoia a ampliação da rede de acolhimento dos dependentes e que os investimentos permitirão a abertura de 100 a 150 leitos novos para tratamento.
Segundo o secretário de Saúde da capital, Januario Montane, do total de R$ 6,4 milhões anunciados pelo governo federal, metade já foi liberada. Dos R$ 3,2 milhões, cerca de R$ 1,6 milhão será destinado aos consultórios de rua e o restante às residências terapêuticas.
Prerrogativa constitucionalO ministro afirmou que o governo federal não sabia da deflagração da operação na Cracolândia. “O governo não tinha informação nem precisava ter. Tem uma série de ações de repressão, que diariamente devem ser feitas, que não precisa informar o governo federal."
Padilha afirmou que “tem prerrogativa constitucional do estado e do município de fazer um conjunto de ações”. “As ações da área da saúde, que construímos desde dezembro, sempre fizemos de forma coordenada."
Rua Prates
O prefeito Gilberto Kassab afirmou que a estrutura que está sendo construída na Rua Prates, que terá capacidade de atender diariamente até 1.200 pessoas, deve começar a funcionar em março, mas não descarta a possibilidade de atrasos. O setor responsável pela assistência social deve começar a funcionar ainda no início do mês e o serviço de saúde, no fim do prazo. “É evidente que, às vezes, pode atrasar uma ou duas semanas”, ponderou.
Segundo a vice-prefeita, Alda Marco Antônio, o município possui, atualmente, 133 abrigos para menores e 56 para adultos. A estrutura da Rua Prates abrigará a sétima tenda da Secretaria de Assistência Social. Duas dessas tendas funcionam na Praça da Sé. Os bairros Bela Vista, Barra Funda, Santa Cecília e Mooca também possuem uma tenda cada um. Para Alda, a infraestrutura da Prefeitura é suficiente para acolher as pessoas que deixaram a Cracolândia. “Todos os dias temos de 800 a 900 camas vazias.”
Leitos para tratamento
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do município, São Paulo possui 1.200 leitos para internação psiquiátrica, que podem ser utilizadas para tratamento de vício. Cerca de 370 vagas são especializadas em tratamento contra dependência química. O número de vagas disponíveis, no entanto, flutua diariamente.
Fonte: G1
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